Cantinho da Leitura


O Gato de Joaninha
tema: Deus ( Providência Divina)








Joaninha vivia na Suécia, um país da Europa, era órfã e morava em uma casinha muito pobre, não tinha ninguém que se importasse com ela a não ser a velha Sara, uma senhora muito idosa e meio doente.
Joaninha ganhava seu sustento trabalhando: fazia correntes de crina que a velhinha vendia.Na época eram muito modernas e a menina trançava-as com perfeição. O serviço era fatigante mas ela jamais se queixava do excesso de trabalho, só uma coisa a aborrecia:a solidão em que vivia.
Um dia, Sara saiu de manhã muito cedo e, ao fechar a porta a chave, recomendou:
- Não se esqueça: você tem que acabar aquela outra dúzia de correntes, quando eu voltar, quero acha-las prontas.
Joaninha trabalhou sem descanso toda a manhã, ao meio-dia encheu uma tigela de leite e cortou uma fatia de pão preto que estava no armário, era seu almoço, que repartiu com o gato.
Depois de almoçar , atirou-se de novo ao trabalho. Aquele dia parecia-lhe de um comprimento sem fim. E lá fora, tudo era tão convidativo! Como seria agradável se pudesse correr pelo campo, rolar pelo morro abaixo e atravessar o arroto. ...Já lhe doiam os dedos de tanto trançar e a crina se embaraçava. Mesmo assim , ela só abandonou o trabalho quando deu a última laçada. Então , escondeu a cabeça no avental e pôs-se a chorar pois estava tão cansadae sentia-se tão só!
O gatinho, que estava apanhando moscas na réstea de sol quese estendia no soalho, quando ouviu os soluços da meninam voltou-se e foi andando devagarinho para ela. Joaninha tinha o rosto escondido mas o gato ergueu a patinha macia , pousou-a no joelho da menina e rosnou. Ela parecia nem ouvir. O gatinho tornou a rosnar mais forte, depois , como se eestivesse muito aflito, começou a miar mais alto.
Parece que os miados foram direto ao coração de Joaninha que ergueu a cabeça e, segurando o gatinho nos braços , murmurou:
- Coitadinho! Como fui má para você. Você também deve estar cansado, fique quieto que eu vou cantar pra você dormir.
E começou a embalar-se para diante e para trás, perto da janela cantando e cantando, uma canção após outra, com uma voz clara e linda. Era tão linda que uma senhora que ia passando de carro, ouvindo-a mandou que o motorista parasse para escutar.
- Que voz doce! Que beleza! Quem está cantando?  - perguntou.
- É Joaninha - respondeu alguém que passava -É a voz mais linda que eu conheço!
A senhora também pensava assim porque andou indagando aqui e ali, pedindo informações sobre a menina, e tanto se interessou que acabou por adotá-la, providenciando também para que nada faltasse à velha Sara.
Então Joaninha estudou canto e se esforçou de tal forma que se tornou uma famosa cantora viajando por terras estranhas e cantando por todo o mundo.
Passaram a chama-la Jenny Lind, o " rouxinol da Suécia". Aqueles que conhecem sua história, quando ouvem esse nome , não podem deixar de pensar na pequena Joaninha e no gatinho que gostava de ser embalado por sua linda voz.

Francisco Candido XAVIER - MEIMEI - LIVRO PAI NOSSO - FEB




A HISTÓRIA DO LIVRO




O mundo vivia em grandes peerturbações.
As crianças andavam empenhadas em conflitos constantes, assemelhando-se aos animais ferozes, quando em luta violenta.
Os ensinamentos dos homens bons, prudentes e sábios eram rapidamente esquecidos, porque, depois da morte deles, ninguém mais lhes lembrava a palavra orientadora e conselheira.
A ciência começava com o esforço de algumas pessoas dedicadas à inteligência: entretanto, rapidamente desaparecia porque lhe faltava continuidade.Era impraticável o prosseguimento das pesquisas louváveis, sem a presença dos iniciadores.
Por isso, o povo, como que sem luz, recaía sempre nos grandes erros, dominado pela ignorância e pela miséria.
Foi então que o Senhor, compadecendo-se dos homens, lhes enviou um tesouro de inapreciável importância, com o qual se dirigissem para o verdadeiro progresso.
Esse tesouro é o livro.Com ele , apareceu a escola, com a escola, a educação foi consolidada na Terra e, com a educação, o povo começou a livrar-se do mal, conscientemente.
Muitos homens de cérebro transviado escrevem maus livros, inclinando a alma do mundo al desespero e à ironia , ao desânimo e a crueldade, mas, as páginas dessa natureza são apressadamente esquecidas, porque o livro é realmente uma dádiva  de Deus à Humanidade para que os grandes instrutores possam clarear o nosso caminho , conversando conosco, acima dos séculos e das civilizações. 
É pelo livro que recebemos o ensinamento e a orientação, o reajuste mental e a renovação interior.
Dificilmente poderíamos conquistar a felicidade sem a boa leitura. O próprio Jesus, a fim de permanecer conosco, legou-nos o Evangelho do Amor, que é, sem dúvida, o Livro Divino em cujas lições podemos encontrar a libertação de todo o mal.

Francisco Candido Xavier, pelo espírito de MEIMEI
Livro_ Pai Nosso - Editora FEB





A BORBOLETA DOURADA



  José era um rapaz muito pobre mas possuia a ambição de ser rico. Pensava que a felicidade consistia em viver numa casa luxuosa, ter lindas roupas e muitos carros. Por isso, queixava-se da sorte. Achava tudo ruim: a casa em que morava, a roupa que usava, a comida...Enfim, tudo.
Certa noite, já deitado organizou mentalmente um plano: abandonaria a casa e iria para outro lugar à procura da riqueza. Pensou muito até que sentindo-se cansado, deixou-se adormecer. Nesse momento ouviu uma voz:
" - Você será feliz e rico somente quando encontrar uma borboleta dourada."
Imediatamente, José viu-se a percorrer uma estrada muito longa e muito íngreme. Subia, subia... e nunca chegava ao fim. Sentia-se fatigado e ia parar, quando, a poucos passos, avistou uma enorme casa com um grande portão de ferro. Aproximou-se, então e tocou a sineta. Um senhor idoso veio atendê-lo e em seguida o conduziu a um vasto salão onde estava um casal de velhinhos.
- Vovô! Vovó! - exclamou José, surpreendido. - E eu que pensava que esitvessem mortos!
Os velhinhos sorriam brandamente e o avô explicou:
- Aqui todos os mortos vivem mas que anda você fazendo?
- Ah! Avozinho - suspirou José - ando em busca de uma borboleta dourada, símbolo da felicidade para mim.
O avô sorriu e falou:
- Não se aflija, meu neto. Você encontrará o que procura, mais breve do que pensa. Aqui mesmo temos uma coleção de borboletas.
E, assim falando, levou o neto para um imenso jardim. Havia ali uma infinidade de borboletas de todas as cores, azuis, verdes, brancas, vermelhas, prateadas...mas não apareceu nenhuma dourada.  Muito triste, José despediu-se dos avozinhos que o abraçaram com ternura . Já no portão, ouviu-lhes a voz carinhosa, aconselhando-o.
- Volte pra casa, meu filho, volte pra casa...
Novamente, José começou a andar sem fim. Andou, andou e parou... À sua frente, fixando-o com ternura, estava um velhinho de longas barbas brancas.
- Que faz você nessa estrada? - perguntou o velhinho.
- Ando à procura de uma borboleta dourada, símbolo da minha felicidade - respondeu José , surpreendido.
O velhinho sorriu e falou, bondoso:
- Você está na estrada errada, meu filho. Olha! Está vendo aquela luz, lá longe? Vá em sua direção e encontrará a borboleta que procura.
Após dizer estas palavras o velhinho desapareceu. Então, José, muito assustado, começou a correr em direção à luz. Correu, correu e a luz foi ficando cada vez mais perto. De repente, ouviu uma voz conhecida:
-Acorde, meu filho, está na hora de levantar.
José abriu is olhos e viu o rosto bondoso de sua mãe. Lembrou-se do sonho. O conselho dos avozinhos estava bem vivo: " Volte pra casa, meu filho, volte para a casa." E parecia ver ainda o velhinho da estrada apontando para o foco de luz dizendo que lá estava a borboleta procurada.
José saltou da cama e foi até a janela respirar um pouco de ar puro daquela bela manhã. Naquele mesmo instante, uma borboleta esvoaçou sobre sua cabeça, entrou no quarto e continuou a voar para o interior da casa. Era uma borboleta dourada ! José, então, compreendeu o simbolismo do sonho.
Desde aquele dia nunca mais se queixou de coisa alguma. Nunca mais pensou em abandonar a casa em busca re riqueza. Sabia que a maior fortuna do mundo e a sua maior felicidade estavam ali, bem ao seu alcance e em seu próprio lar.

Tema: amor à família.
Livro Conte Mais - Volume  3  - Histórias Educativas
Editora Francisco Spinelli
Oraganizadoras: Eloína Lopes / Sônia Alcaide






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